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Channel: Comentários sobre: 99Vidas 66 – 2-Pak: Quackshot e Toki (JuJu)
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Por: Jairo Vieira

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FINALMENTE!

Sempre me percebo imaginando o quanto deve ser particular a competência de um desenvolvedor de games. Pare um pouco e reflita o quanto esse profissional deve ter em mente no momento que imagina uma história, cenário, tema e etc. Deve ser uma pessoa totalmente desapegada das pequenices comuns e cotidianas e participar diariamente de assembléia de idéias insanas. O resultado de tudo isso são jogos de sucesso, e nós apaixonados, adoramos toda esse descompasso.

Como explicar uma história que acontece na selva, onde uma espécie de Tarzan, é transformado por um mágico em macaco que, além de vestir capacete de um quarterback, saltar com o Nike a lá Michael Jordan, cuspir côcos de diversos tamanhos, ainda pode soltar fogo pela boca? Não há explicação. O que existe é um jogo fantástico e marcante: The Legend of Toki, também conhecido como Toki: Going Ape Spit, Juju Densetsu (em japonês), ou para os mais íntimos e do jeito que eu prefiro chamar, Juju.

Juju foi lançado para Mega Drive e NES, no entanto, as minhas primeiras lembranças do Jogo são do Arcade. Eu achava muito legal os jogos de aventura dos botecos por dois motivos: o primeiro é que os gráficos eram bem bonitos, e o segundo é que sempre era a máquina vazia, pois as de luta sempre tinham as enormes filas…Não tive muito sucesso no Arcade não.

Mas em 1991 sim fui bem feliz! As locadoras já disponibilizavam para o meu humilde 8 bits a versão caseira de Juju. E para os limites da época era excelente! O macacão era realmente o herói dos vulcões, comia todas as maças, pendurava em cipós, tudo a disposição.

Uma das coisas que me marcaram mais ainda nesse jogo, e talvez seja até por isso que dou um lugar de destaque para ele, foi o fato de ter criado um hábito que até então eu não tinha: Jogar videogame, ouvindo música no rádio. Essa metamorfose foi muito curiosa e ao mesmo tempo marcante. Parece que a absorção dos sentido se torna uníssona e subliminar. A tal ponto que hoje, ao ouvir a música que me acompanhou nos momentos de concentração gamista. Me lembro claramente (com saudade sempre) dos momentos, da época, da dificuldade do jogo, das cores, etc. No caso de Juju, a música foi um sucesso das paradas da época: Dj Bobo – Everybody. Ao ouvir o acorde de introdução da música me lembro de estar cuspindo chamas em algum passarinho. E o som do jogo para mim, tornou-se esse. Até acho o instrumental parecido com a música da primeira fase.

Juju era divertido pois era simples, não exigia muitas habilidades para passar de fase, tinha a medida certa de desafio, suficiente para não te fazer desistir do game. Tinha a sempre adorada fase da água, a inevitável fase do fogo vulcânico. Na linha dos acontecimentos, sempre um chefe esquisitão no final. A fórmula comum, mas que sempre agradou a todos.

Eu não tive Mega Drive, mas já trabalhei em muitas locadoras (para ser sincero, em todas do bairro na época) e pude jogar o Juju no console da Sega. Com gráficos melhores, e mais próximos do Arcade era possível apreciar ainda mais a aventura.

Juju era (e ainda é) um game adorável, bom de jogar, legal de terminar. Daqueles que você joga uma, duas, três, quatro vezes sem pestanejar. Muito marcante e agradável em vários aspectos. Se você ainda não experimentou, pode começar a disparar côcos agora mesmo se quiser..

O game tem um lugar muito marcante para mim. E se você me perguntar o que mais ficou na lembrança, vou lhe dizer que é o contexto..É o fato de poder reviver uma época a cada vez que ouço Dj Bobo no Mp3, cada vez que saltava na cabeça de um inimigo, cada vez….cada vez…

Excelente escolha de Bruno Carvalho. Parabéns ao oráculo do 99 vidas. Aliás, cabe uma pergunta: Como você Bruno foi parar no 99vidas? Conte para todos!

Abraços.


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